A maioria das pessoas algumas vezes admiram sobre o significado da vida e da natureza do universo. Existem as dimensões não físicas? Nós viveremos em alguma outra forma além da transitoriedade desta existência? Aqui estão os meus pensamentos. [English]
Nós sabemos instintivamente que os nossos cinco sentidos físicos — visão, audição, tato, olfato e gustativo — são limitados. Eles podem sentir diretamente apenas alguns aspectos do que nós imaginamos ser toda a realidade. Nós temos habilidade para planejar e construir instrumentos que podem estender o âmbito e a sensibilidade dos nossos cinco sentidos humanos. O que é humanamente possível sentir e deduzir diretamente e através de instrumentos artificiais — é o que eu denomino de realidade conhecida. Esta é percebida para funcionar de acordo com as leis universais identificáveis da causa e do efeito. Não é necessariamente limitado o que usualmente pensamos ser a realidade física. A matemática e a lógica não têm corpos físicos, mas elas são certamente reais e fazem parte do que nós conhecemos.
Nós especulamos, continuamente, sobre os aspectos da realidade, que possam existir além do que alcançam os instrumentos, que até hoje foram desenvolvidos. Eu a denomino realidade desconhecida mas cognoscível. No futuro, nós possivelmente poderemos sentir e deduzir além dos aspectos da realidade como nós planejamos e desenvolvemos melhores instrumentos. Nós gradualmente assim estenderemos os limites da realidade conhecida. No desenvolvimento desse processo, nós observamos que todo o nosso território de conhecimento recentemente alcançado continua obedecendo às mesmas leis familiares da causa e do efeito e nos ajuda a compreendê-las melhor.
Assim como na realidade conhecida, na desconhecida mas cognoscível realidade poderá conter não somente entidades e fenômenos físicos mas, também, entidades e fenômenos da matemática e da lógica.
É conceptível que possa haver um limite final possível para nós sondarmos a realidade desconhecida com instrumentação física e método dedutivo. Em outras palavras, há provavelmente um limite final para a realidade cognoscível além do que é fundamentalmente impossível para a instrumentação ou método dedutivo alcançar. A isto nós podemos denominar de realidade desconhecida ou talvez hiper-realidade. Seria arrogância supor que a realidade desconhecida não existe. O limite da realidade cognoscível é o limite da forma física humana: não o universo em si mesmo.
Há três esferas da realidade - como está ilustrado no diagrama acima — são tentativas de construir um modelo objetivo da realidade, conforme visto, do ponto de vista de toda a humanidade.
O cérebro humano individual é uma vasta rede neural de imensa capacidade. Talvez a sua maior função é mapear o meio-ambiente: isto é, construir dentro dele mesmo um modelo analógico dinâmico de seu universo externo. Porém, este modelo é construído pelo indivíduo através de sua própria percepção sob o seu próprio ponto de vista. Por conseqüência, é, necessariamente, um modelo subjetivo.
A informação de que a mente constrói o modelo analógico dinâmico do universo externo é de dois tipos diferentes:
informação da experiência que entra através dos cinco sentidos humanos que capacita a mente construir dentro do cérebro um modelo acurado de seu meio-ambiente imediato. Este meio-ambiente imediato pode ser suficientemente grande, porque inclui todos os lugares aonde o indivíduo viajou por todo o tempo de sua vida, todas as coisas que ele encontrou e todos os eventos que ele experienciou, e
informação da comunicação com os outros que entra em sua mente, através da linguagem simbólica, é capaz de estender este modelo para incluir maior extensão do meio-ambiente experienciado pelos outros, incluindo todos os que são especializados em vários campos do conhecimento.
A mente é, então, capaz de usar o modelo de informação de seus imediatos e extensos meio-ambientes para deduzir informação sobre o que chamamos meio-ambiente deduzido pelo indivíduo.
Este modelo analógico dinâmico dos meio-ambientes imediatos, estendidos e deduzidos de um indivíduo é um modelo mental ao qual denomino percepção do induvído da realidade cognoscível.
A mente humana não é somente capaz de observação e dedução: é, também, capaz de imaginação. A imaginação pode aventurar-se em distância além do que viu e experienciou. A imaginação é capaz de especular sobre entidades e fenômenos que talvez existam além do limite da realidade conhecida — entidades e fenômenos que talvez são necessariamente constrangidos a obedecer às leis da causa e do efeito que regulam as esferas da realidade conhecida.
Há duas esferas de imaginação:
a esfera da hipótese, na qual as leis que governam o comportamento das entidades e fenômenos são consistentes com as leis da realidade conhecida, e
a esfera da fantasia, na qual os eventos e os fenômenos não se comportam necessariamente de modo que sejam consistentes com as leis da realidade conhecida.
Duas áreas dentro da esfera da fantasia são fantasia ficcional e sonhos. Porém, nós não os consideramos neste artigo.
A existência da imaginação é muito significante. Isto demonstra que a forma da vida humana vem prontamente equipada com capacidade mental que excede em muito o que é necessário para garantir o seu imperativo evolucionário. Meramente para facilitar a sua sobrevivência e bem-estar neste planeta, a mente humana é ridiculamente superespecificada. A ciência nos diz que nenhum de nós usa mais que uma fração da capacidade do cérebro durante toda a sua vida, mesmo agora na avançada educação básica de nossa sociedade.
A mente humana tem uma enorme capacidade e uma ativada curiosidade para estender o seu conhecimento sem limites. Ela estica-se continuamente para estender sempre o seu modelo interno no âmbito e nos detalhes do modelo universal externo. Ele sonda intrepidamente dentro do átomo e fora, além do cosmo, em dimensões que não pode mesmo sentir. Como e por que tem se tornado tão supremamente desenvolvido? Parece que a mente humana — através de quaisquer meios e por qualquer razão — tem sido "desenvolvida" para um universo muito maior que o universo que é agora capaz de experenciar.
Vamos agora examinar quatro áreas do pensamento onde nós usamos a imaginação:
Uma área da imaginação que é consistente com a realidade conhecida é a área das hipóteses científicas. Esta especula sobre entidades e fenômenos que talvez existam um pouco além do limite da realidade conhecida. Estes podem ser entidades e fenômenos físicos que habitam no universo material em torno de nós. Eles podem ser entidades e fenômenos abstratos como as variáveis e operadores que fazem parte da prova de teoremas matemáticos. Uma hipótese é investigada e testada pela experimentação. A experimentação revela se a hipótese pode ser verdadeira ou falsa. Uma nova área da realidade cognoscível é, por este método, invadida pelo conhecimento humano. Esta se tornou uma nova área da realidade conhecida. Este é o método científico.
A ciência, como método, é boa. Infelizmente, o mundo da ciência é infestado pela elite arrogante, pela política patética e pela competição orgulhosamente direcionada. Nada é aceito ou publicado que não esteja conformado com o pensamento comumente estabelecido. Isto tem direcionado fidedignos observadores inteligentes de fenômenos não usuais a não revelar suas descobertas por medo de serem expostos ao ridículo universal. Naturalmente, o mundo da ciência deve testar e validar a evidência com que a descoberta é apresentada, mas isto somente poderia se dar com mentes abertas.
Uma outra área da imaginação que tenta ser consistente com a realidade conhecida é a área da filosofia. Mas especulações dos filósofos não são limitadas pela esfera da realidade conhecível. O filósofo pode levantar hipótese sobre entidades e fenômenos que talvez existam ou não existam em qualquer lugar dentro de toda a realidade. O seu território inclui a esfera que se situa além da realidade cognoscível, que eu denomino de hiper-realidade. Aqui, o filósofo não é capaz de testar suas hipóteses usando experimentos tangíveis do cientista. Ele pode testar suas hipóteses somente através dos pensamentos.
Uma área da imaginação que não é completamente consistente com a realidade conhecida é a área da religião. O corpo de conhecimento no qual a religião é baseada vem não da observação mas da revelação. O canal através do qual esta revelação chega é, invariavelmente, um texto sagrado.
Um texto sagrado usualmente origina-se de um lugar distante e de um tempo distante. É escrito por pessoas de línguas e culturas diferentes. Conseqüentemente, suas experiências e visões de vida são inteiramente diferentes daquelas pessoas que lêem, interpretam e acreditam na mensagem do texto sagrado hoje. O significado que o texto transmite está sujeito a erros através de cópias, tradução e interpretação. Como resultado, ele contém — ou ao menos parece conter — muitas inconsistências. Talvez também se refere a coisas que, claramente, situa-se fora da realidade conhecida da comprovada experiência humana. Então, todos os que aceitam a mensagem do texto sagrado acreditam em entidades e fenômenos que estão fora da esfera da comprovada realidade conhecida.
Uma outra área da imaginação que não é completamente consistente com a realidade conhecida é a do mistério. Grupos de ardentes seguidores freqüentemente formam-se em torno de observações de fenômenos que atualmente são inexplicáveis. Estes podem ser coisas como esferas ou discos luminosos, o aparecimento de estranhos seres humanóides ou sons de vozes estranhas.
Baseado no precedente da experiência humana e comprovada realidade conhecida, há uma alta probabilidade de que a maioria desses fenômenos sejam naturais mas raros. Nós devemos manter na mente certas tendências sobre o cérebro humano. Sempre quando está na presença de uma visão não inteligível, ele sempre tenta primeiramente discernir uma face ou forma humana dentro da confusão. Esta é a razão por que nós pensamos que vemos nuvens à semelhança de faces e formas humanas por entre as árvores de uma floresta escura. Analogamente, nossos cérebros tentam discernir o discurso de um som cacofônico não inteligível.
Por outro lado, poderia, pelo menos, haver alguma verdade escondida dentro de uma mensagem ininteligível de um antigo texto. Pelo menos, alguns dos fenômenos exóticos experienciados pelas pessoas poderiam ser genuínas comunicações de inteligências de uma realidade superior. Seríamos arrogantes ao extremo se não admitíssemos estas possibilidades. Não obstante, nós esperaríamos uma comunicação de seres de inteligência superior — seria através de revelação de antigo texto ou através de aparições exóticas — para ter certeza das qualidades. Esperaríamos que fossem:
Até agora, Não consigo encontrar um exemplo dentro dos campos da religião e do mistério que encontramos nessas condições.
Nós seríamos, também, arrogantes em presumir que a mente humana não é capaz de receber informações a não ser através dos cinco sentidos físicos da visão, da audição, do tato, do olfato e da gustação. Talvez nós possamos ter o sexto ou até mesmo o sétimo sentido ou mais. Então, todos os seres humanos devem ter outros meios sensoriais para obter dados de que nós não estamos ainda conscientes. Alguns destes sentidos extras talvez sejam de uma natureza que nós não pensaríamos fossem físicos.
Porém, nós devemos estar conscientes de outra característica da mente humana. Somente uma pequena proporção do que nós "vimos" ou do que sentimos através de outros meios chega-nos do mundo externo. A mais vasta proporção atualmente vem-nos de nossas memórias. E o que nos vem de nossas memórias é mais provavelmente seja influenciado e modificado pelas nossas imaginações.
Através da ciência e da filosofia nós podemos facilmente perceber que o que nós vimos como realidade conhecida não é completo como um universo. É como uma parte exposta de um "iceberg". Este termina abruptamente, não sendo facilmente perceptível na superfície do mar, sugerindo fortemente que continua abaixo deste. Do mesmo modo, nós percebemos inconsistências dentro da realidade conhecida. Estas sugerem que a realidade é como um todo contínuo dentro de uma esfera que nós ainda não podemos detectar através de instrumentação ou compreender através da dedução. Mais extrapolação implica que a realidade continua mesmo além disto dentro da esfera que eu denomino hiper-realidade. Este é um postulado em que a existência e a natureza de entidades e fenômenos devem ser para sempre fundamentalmente impossível de verificação.
A realidade conhecida parece sempre favorecer a forma de um continuum regular. Ela evita brusca descontinuidade. Conseqüentemente, eu prefiro pensar que O Universo (toda a realidade) estende-se regularmente dentro de uma hiper-realidade. Por isso, eu vejo a realidade conhecida como meramente parte da realidade que nós atualmente somos capazes de perceber. Por definição, todas as partes de um universo são conectadas e, desse modo, são mutuamente acessíveis. Conseqüentemente, as entidades que habitam esta hiper-realidade devem obedecer às mesmas leis da causa e do efeito que governam todas as que habitam a realidade conhecida. Então o que é a essência do universo que nós percebemos?
Dualidade e Assimetria: Uma maior característica do universo percebido é a dualidade. As entidades que o habitam são freqüentemente vistas para ocorrer como pares complementares. Mas pares complementares nunca são exatamente imagens de espelho um do outro. Há sempre algum grau de assimetria entre eles. Esta dualidade com assimetria aparece em uma gama de entidades da maior para a menor escala na natureza. É visto ainda nas menores partículas da matéria em toda a extensão do gênero assimétrico físico e psicológico do ser humano. Há um tema universal na natureza que nós podemos, facilmente, imaginar como masculino e feminino. A cada nível, a dualidade provê fundamento em que a assimetria tece variedade e beleza.
Ritmo e Melodia: A outra maior característica do universo percebido é o ritmo cíclico. Os planetas, estrelas e galáxias movem-se de acordo com fortes movimentos cíclicos subjacentes. Assim, as coisas movem-se em todos os tamanhos da escala dos sistemas meteorológicos até as menores entidades detectáveis do mundo microscópico. Mas estes movimentos não são tão cíclicos como aparentam à primeira vista. Sobrepostos acima de seus ritmos regulares é sempre uma suave melodia do caos. É isto que causa a imensa variedade e beleza a toda a natureza, tão bem quanto as criações musicais da humanidade.
Na escala familiar das coisas nós percebemos um universo em que todas as coisas obedecem a leis universais da causa e do efeito. Físicos quânticos argumentam que na escala subatômica a noção do que é causa e efeito torna-se difusa. Porém, nessas escalas o ato de observação é, em si mesmo, a causa primária de um evento. Então uma identificação objetiva de causa e efeito nesta escala pareceria ser indeterminável. Conseqüentemente, eu prefiro deduzir, por minhas experiências diretas, sobre as entidades e fenômenos nos tamanhos das escalas familiares.
Eu acredito que a existência das leis universais da causa e do efeito fortemente sugere que estas leis devem ter um autor e um sustentador. A escala do universo conhecido demanda que a Causa Primeira onipotente deve possuir suprema inteligência e poder. Pode ser uma singular entidade, mas eu penso que o mais provável seja uma espécie única de indivíduos separados. Talvez a Primeira Causa possa ouvir nossas preces e ler nossos pensamentos. Eu não sei, porque eu nunca tive ainda uma tangível conversação com ele, ela ou eles.
Especulações mais profundas sobre como O Universo que veio a existir da forma que o vemos hoje, verdadeiramente, pertencem à esfera do pensamento experimental filosófico ou à da crença dogmática numa antiga revelação. De tal, um dos meus cenários favoritos é o seguinte:
O Universo foi uma vez um tecido inerte do espaço-tempo energizado que foi polarizado espontaneamente dentro de pequenas entidades masculinas e femininas. Estas, então, evoluíram por combinação e divisão de acordo com as leis universais da causa e do efeito. Esta atividade precipitou a rica variedade de forma e movimento que nós percebemos em nossa restrita esfera da realidade conhecida.
Mas tudo isto sem uma razão? A mente humana tem a capacidade para especular através da realidade conhecida e realidade cognoscível dentro de uma hiper-realidade e eternidade. Tal desafia a pergunta sobre qual fato seria capaz de fazer isto, se não há um destino maior que a transitoriedade da existência humana.
Talvez um par masculino/feminino de superseres ou deuses polarizados fora do tecido universal e dentro da esfera que me referi como a hiper-realidade. E talvez seja a humanidade seus projetos em desenvolvimento.
Esses "Shakti e Shiva" eram um par de companheiros perfeitos. Mas seus intelectos divinos não poderiam ser satisfeitos somente um com o outro. Eles almejavam pelo companheirismo de uma vasta família divina. Então, eles criaram um mundo bonito que nós chamamos A Terra. Dentro dela eles esculpiram imagens vivas de si mesmos em formas humanas mortais. Agora eles esperam por nós — suas crianças mortais — para completar a tarefa que eles nos deram. Esta tarefa é para evoluir espiritualmente — sob nosso livre arbítrio — para a fase a qual nos é apropriada para nos tornarmos deuses. Então, nós todos viveremos juntos e sempre felizes como uma vasta comunidade igualitária de deuses abrigados, eternamente, dentro do universo abundante da hiper-realidade.
Mas como a presente vida neste sofrido planeta pode enquadrar-se no grande plano dos deuses? Para a maioria das pessoas, este é um mundo de disparidade, de exploração e miséria. Não é exatamente a concepção popular de "Shangri-La". Talvez esta experiência seja necessária para o nosso desenvolvimento espiritual. Nós precisamos sofrer nesta vida terrena, num mundo que é regulado pelas hierarquias totalitárias que são dirigidas pela ganância e interesses próprios. Mais tarde, nós reencarnaremos num mundo igualitário que é regulado pelo amor. Ali, nós já seremos capazes de compreender a loucura do velho caminho anterior. Nossas experiências em ambos os mundos nos tornarão capazes de alcançar a necessária elevação espiritual. Então, estaremos prontos para sermos transformados numa vasta família de seres imortais.
Um pensamento final: Se a mente humana é parte da realidade, então tudo que a mente humana contém deve ser parte da realidade. Conseqüentemente, tudo o que a mente humana pode imaginar deve ser parte da realidade. Quando nos tornarmos deuses, talvez o que nós imaginarmos pode tornar-se realidade. Isso colocaria uma responsabilidade formidável sobre nós, não é?
A grande superespecificidade da mente humana tem uma insaciável curiosidade para inquirir sobre a verdade. Ela almeja conhecimento sobre tudo o que está no universo externo e, também, no seu universo interno. Ela deseja conhecer o seu destino. Na maior parte da história, a perseguição de um tipo fundamental de conhecimento era uma atividade aberta somente para os membros de uma rica elite ou ordem religiosa. Os pobres estavam sempre preocupados com a sobrevivência. O rico pensador da história tem sido agora substituído pela elite acadêmica global. Mas os pobres estão ainda preocupados com a sobrevivência.
A maior parte das pessoas parece sentir medo do desconhecido, particularmente, com referência à natureza da realidade e a seus destinos eternos. Tais noções podem ser muito atemorizantes. Elas podem encontrar alívio somente em uma explanação de completa abrangência. Um modo em que elas fazem isto é abandonar suas liberdades de pensamento, adotando o sistema-prescrito de crenças de uma religião estabelecida ou de grupos exóticos. Um outro modo é evitar pensar sobre perguntas obsessivas, mantendo suas mentes focadas em negócios, passa-tempos, vandalismos ou coisas triviais como novelas e esportes.
Algumas tentam encontrar alívio na ciência através da sondagem mais e mais profunda sobre o desconhecido, usando sempre instrumentação improvisada e razões dedutivas. Mas este método nunca pode dirigir-se às últimas perguntas do que está além da realidade conhecível cientificamente. Não pode nunca revelar a Primeira Causa ou responder às perguntas sobre o destino humano. E qualquer método acadêmico é sempre fechado dentro das paredes das disciplinas estabelecidas.
Não sou um acadêmico ou uma autoridade reconhecida nesta área. Eu sou, o que pode ser chamado, um amador. Mas para mim, esta é a melhor vantagem. Eu não estou vinculado a nenhum sistema de crença estabelecido. Eu sou livre para pensar. Eu sou livre para dizer o que eu realmente penso. Outros podem tomá-lo ou deixá-lo. E eu estou livre para mudar o que eu penso quando eu considero que isso é apropriado.
No entanto, o que é mais importante para mim - o que me dá o máximo conforto e consolo da mente - é a minha liberdade de ser sincero com meus pensamentos. Para ser honesto sobre o que eu conheço até agora, e admitir que, além disso, eu ainda não sei. Fico feliz em reconhecer que existem coisas que eu nunca posso saber enquanto estiver presente na presente forma humana. Vendo meu conhecimento como manchas de luminosidade acolchoando o tecido escuro da realidade: essa é a imagem que traz satisfação real para a mente e conforto para o espírito.
Viajo esta estrada com a crença de que não pode haver muitas verdades, mas apenas uma. Portanto, estou certo de que um dia, a religião, a filosofia e a ciência devem convergir completamente para se tornar um corpo unificado de conhecimento maravilhoso.
©21-30 Setembro 2004 Robert John Morton
Traduzido por Dayse do Nascimento Silva